sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Orgulhosamente apresentamos mais uma Conquista!!!!!!!!

A Direção da E.E.Deputado Gregório Bezerra, Parabeniza o Professor Cristiano Lima e a aluna Laisa Dias, que passou da fase Municipal, sendo selecionada para a fase Estadual da Olímpiada de Língua Portuguesa.


Memória Literária

Saudades da minha terra

Eu me chamo Jorge Rodriguês de Oliveira Filho, nasci no dia vinte e oito de Novembro de mil novecentos e sessenta e seis no Norte da Bahia, em Seabra. Lembro-me de quando deixei minha cidade, o meu lar, deixando não só o meu lugar de viver, mas também a minha família, minha mãe, meu pai, meus irmãos- todos iam ficar para trás. Na Bahia era tudo muito bonito; as águas, as plantas e as frutas, eu gostava de ouvir música em um radinho, no meio do mato, sozinho, só com o barulho das águas, das folhas se mexendo e dos pássaros.
Enquanto eu viajava, vendo as paisagens, e lembrando-se da minha família, eu pensava. Nessas horas os nossos olhos enchem-se de lágrimas, não é? E aqueles pensamentos ruins? Que nos fazem pensar que nunca mais poderíamos ver nossa família novamente, aqueles momentos que nós tentamos desviar o pensamento da realidade e ir para a fantasia, mas nem sempre nós conseguimos. Quando cheguei em São Paulo, em Diadema, olhava para os lados e a vontade de voltar para casa era a mais forte, mas fui para São Paulo com o objetivo de trabalhar e levar uma vida melhor para minha família, então eu continuei aqui. Minha profissão é como pedreiro, sou mestre de obras, e naquela época só pensava em trabalhar para voltar logo à Bahia.
Quando me estabeleci em Diadema, tudo era diferente, as ruas não eram asfaltadas, havia muitas casas, era um lugar agradável de andar, mas por enquanto quando eu morava em Diadema, me vinha a saudade de ouvir música no silêncio, as ruas eram muito movimentadas e não tinham o mesmo sossego que na minha região, linda Bahia, Seabra, a cidade que eu mais gosto, que mais aprecio. Antigamente, no Eldorado tinha uma bela represa, repleta de gansos, patos e peixes, a represa Billings que me fazia lembrar da minha cidade natal. Existia uma pequena igreja, a Nossa Senhora dos Navegantes, simples, mas era muito agradável. As ruas de Diadema foram mudando, aquelas coisas bonitas me ajudavam a matar a saudade da minha cidade; a represa começou a secar, as pessoas construíram casas em sua borda e as ruas foram asfaltas, ficaram muito poluídas.
Eu ainda moro em Diadema, com a minha família, minha mãe se mudou para cá, e a maioria dos meus irmãos também, ainda tenho muitas saudades da Bahia, mesmo com a maioria dos meus familiares morando aqui. A cidade de Diadema era bonita, mas agora o lugar agradável de viver se transformou praticamente num pesadelo. Mas, que graça a vida teria sem nenhum obstáculo?

Vejam a aluna socializando o texto, no Dia E,junto com os colegas e a comunidade. 

 Laisa Dias



terça-feira, 26 de agosto de 2014

Compartilhando Projeto!!!

PROJETO: Nenhum Motivo Explica A Guerra

TURMAS ENVOLVIDAS: ENSINO MÉDIO (1º, 2º e 3º anos)

CRONOGRAMA: 08 AULAS.

INTRODUÇÃO:  

A violência se manifesta por meio da tirania, da opressão e do abuso da força. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo.
As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.
A violência se apresenta nas mais diversas configurações e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, política, violência psicológica, física, verbal, dentre outras.
Inclusive, a escola  e a sala de aula que são espaços em que se dá o  encontro de “diferenças”, tem deixado de ser o lugar ideal para o  exercício da tolerância, pois a escola muitas vezes se transforma em palco de uma realidade assustadora  que manifesta todos tipos de agressões verbais e físicas.

OBJETIVO:

Espera-se que por meio dessa atividade, os alunos possam compreender a necessidade de:
·         Dialogar e construir espaços de reflexão e interação acerca de temas importantes para a experiência coletiva e individual;
·         Ser críticos em reconhecer diferentes posições ideológicas e formas de lidar com diferenças;
·         Experimentar, por meio de manifestações artístico - culturais, sentimentos e percepções em relação a si e aos outros; e
·         Desenvolver capacidades de compreensão, respeito, apreciação e réplica, a partir de diferentes textos e linguagens.

RECURSOS:

Sala de informática (acessa); leituras diversificadas; som, dvd.

PROCEDIMENTOS:

Para iniciar o trabalho, foi realizado um levantamento teórico dos conhecimentos dos alunos sobre:
·         Conceito de violência (de modo geral e específico – casa, emprego e/ou escola);
·         Observação durante uma semana dos meios de comunicação, tanto de sua comunidade como regionais e nacionais, anotando o veículo de comunicação, horário, notícia veiculada e suas observações.
·         Professor devendo estar atento aos meios de comunicação, levando recortes de algumas notícias sobre o assunto para debate em sala de aula.
Durante as aulas, realização de leituras de poemas e artigo de opinião, que permearão debates e questões sobre o assunto abordado:
  • “Dos pontos de vista” – Mário Quintana;
  • “Verdade” – Carlos Drummond de Andrade;
  • “Os limites da diversidade cultural” – Antônio Cícero.
  • Música: “Nenhum motivo explica a guerra” – AfroReggae.
  • Filme: “Escritores da liberdade” – dirigido por Richard LaGravanese.

Utilização de questões como:
·         Até onde pode-se respeitar a diversidade cultural?
·         Proibir ou não bailes funks?
·         Somos racistas ou não?
·         Há profissões masculinas e femininas? Sté que ponto a mulher ganhou espaoço no mercado profiisional?
·         Tenho o direito de ir e vir quando bem entender?
·         Como conviver com o “diferente”?

Ao final, os alunos apresentarão trabalhos com suas compreensões acerca da violência e da necessidade de se manter tolerante diante das diferenças, ainda que seja do próprio pensamento e ideais.

Bibliografia:

DVD: “Escritores da liberdade”


Professores Responsáveis:Eric Vellone, Hebe Rosalina,Larissa Paes

Projeto Escola!

PROJETO: Consumo Consciente

TURMAS ENVOLVIDAS: 6º ANOS D e E.

CRONOGRAMA: 8 AULAS.

INTRODUÇÃO: O consumo consciente defende que a aquisição e uso de bens de consumo, alimentos e recursos naturais devem ocorrer de forma a não exceder as necessidades das pessoas. Essa filosofia colabora para alimentar o senso de cidadania em cada um de nós, ao mesmo tempo em que ajuda a preservar o planeta.
Calcula-se que atualmente o consumo é 20 a 25% maior do que a oferta de recursos naturais. Isto significa que a população mundial consome mais do que o meio ambiente pode oferecer e, conseqüentemente, se não existirem medidas para diminuir este consumo, o planeta não mais poderá sustentar a forma atual de vida da humanidade.

OBJETIVO: Espera-se que com essa atividade os alunos possam ser capazes de compreender:
·         A importância de se consumir de forma responsável, pensando nas consequências de seus atos de compras (impulsivas) sobre a qualidade de vida no planeta;
·         Adoção de postura crítica diante das ofertas midiáticas;
·         A importância de se tornar cidadãos conscientes, participativos e responsáveis em suas aquisições sempre se perguntando se ele “quer” ou se “precisa” do produto ou bem que irá consumir.

RECURSOS: Sala de informática (acessa); leituras diversificadas; cartolinas.

PROCEDIMENTOS: Para iniciar o trabalho, foi realizado uma sondagem a respeito dos conhecimentos dos alunos sobre:
·         O que é consumo e porque consumimos;
·         A influência midiática em nossas vidas, como ela nos afeta diretamente;
·          Quem são os principais alvos da mídia;
·         Tudo o que consumimos é por necessidade ou por querer mostrar a alguém seu status;
·         A importância da preservação dos bens naturais e renováveis: água e energia.
Na sala de informática, assistiram ao documentário: “CONSUMO CONSCIENTE: pequenas atitudes, grandes realizações”, onde foi realizada breve discussão sobre o tema interpondo as discussões anteriores em aula.
Ao final, os alunos confeccionaram alguns cartazes para exposição nas salas de aula.

Bibliografia:


Professora Responsável: Hebe Rosalina 

Compartilhando Receitas!

Arroz com Carne Moída
Ingredientes
 ½ pacote de carne moída descongelada
 ½ xícara pimentão verde, cortados em cubos
 ½ xícara de salsão, cortado em cubos
 ½ cebola branca, cortada em cubos
 2 colheres de sopa de óleo de soja
 2 dentes de alho picados
 5 xícaras de arroz cozido
 Sal a gosto
 Cheiro verde picado a gosto
Modo de preparo
1. Aqueça o óleo de soja em uma panela adicione o alho e a cebola e
refogue até que fique bem dourado.
2. Adicione a carne moída e os demais ingredientes reservando somente o
arroz.
3. Deixe que a carne moída cozinhe bem, quando estiver cozida
acrescente o arroz e cubra com água.
4. Após secar a água servir.
Rendimento estimado: 2 kg
Rendimento de porções: 13 porções de 150g






Arroz de forno á bolonhesa
Ingredientes
 4 xícaras de arroz cozido
 4 xícaras de purê de batata
Para o Molho:
 2 colheres de sopa de óleo de soja
 ¼ do pacote de carne moída descongelada
 1 cebola média picada
 2 dentes de alho picados
 1 cenoura picada
 ½ xícara de molho de tomate
 1 xícara de água
 Sal e manjericão fresco picado a gosto
Modo de preparo
1. Para o molho, aqueça uma panela com o óleo em fogo médio e refogue
a carne por 5 minutos ou até secar toda a água
2. Adicione a cebola, o alho e a cenoura e refogue por 5 minutos
3. Acrescente o extrato de tomate e frite por 2 minutos
4. Despeje a água, os tomates, sal e manjericão e cozinhe por 15 minutos,
mexendo de vez em quando
5. Num refratário médio, intercale camadas de arroz, de molho, de purê e
de arroz, terminando em molho e purê.
6. Leve ao forno médio, pré-aquecido, por 20 minutos ou até dourar.
7. Opção: Sirva polvilhado com manjericão
Rendimento estimado: 2kg
Rendimento de porções: 13 porções de 150g


Arroz colorido
Ingredientes
 2 colheres de sopa de óleo
 1 xícara de jardineira de legumes
 1 xícara e meia de chá de arroz
 Cheiro verde a gosto
 3 xícaras de água
 1 cebola média picada
 Sal a gosto
Modo de preparo
1. Em uma panela grande, aquecer o óleo e refogar a cebola e a jardineira
de legumes
2. Acrescentar o arroz e o sal. Refogar.
3. Acrescentar três xícaras de chá de água fervente
4. Abaixar o fogo e deixar cozinhar com a panela parcialmente tampada
por cerca de 20 minutos ou até secar a água
5. Retirar do fogo, tampar a panela e deixar por mais cerca de 5 minutos
6. Misturar o cheiro verde e servir
Rendimento: ½ kg
Rendimento de porções: 3 porções de 175g

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Vem aí....Um Dia na Escola do Meu Filho!!!

Você está convidado para a VII Conferência do Meio Ambiente:
Escola Sustentável com leitura e Histórias que encantam.

Da E.E.Deputado Gregório Bezerra


Dia:23/08/2014 Das 09h ás 13h.



                                                                                  
                 O QUE MATA O JARDIM NÃO É O  ABANDONO. 
  O QUE MATA O JARDIM É ESSE OLHAR
                    VAZIO DE QUEM POR ELE PASSA INDIFERENTE.
                                                                                   
                                                                                                                                                                          (Mario Quintana)
                      














PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

UM DIA NA ESCOLA DO MEU FILHO

23/08/2014

VII  CONFERÊNCIA DO MEIO AMBIENTE: LEITURA E HISTÓRIAS QUE ENCANTAM

A B E R T U R A: Professor Mediador- Cristiano Lima

Apresentação do objetivo do Evento: Engajar, envolver e responsabilizar toda a comunidade em prol da aprendizagem dos alunos.

09h– Recepção e Registro dos Convidados/ Entrega De Historias que Encantam
Livro-A Troca-Lygia Bojunga-Sala SAPE(Serviço de Apoio Pedagógico Especializado)
Caixa Mágica de Leituras e Histórias e Lendas Que Encantam
09h20 Composição Da Mesa: Odorico De Souza-Cordelista E Poeta
                                                          Profº Francisco Heraldo
                                                          Grêmio Estudantil/Conselho Escolar
                                                          Representante Acer- Mestre Chulapa/Marcio
09h30 Pronunciamento Dos Membros Da Mesa: Odorico De Souza- Que nos Brinda Com Cordel- Represa Billings
10h00 Declamação do Profº Francisco Heraldo-Poema: Enjoadinho - Vinicius de Moraes
10h20 Apresentação de alunos com leituras e lendas que encantam
Apresentação do ACER: Samba de Roda/Capoeira-Mestre Chulapa e Equipe.
Oficinas:
Segundo o dicionário oficina significa
 “um lugar onde ocorrem transformações”. (www.ecoar.org.br)

Responsável pela Conferência: Gestão escolar
Raquel Rodrigues do Prado / Jose Roberto de Queiroz / Maria Cristina
Nelson Benvindo

Coordenadores das oficinas:

Oficina I - Sala 11  -  Ensino Médio Preservação do Patrimônio  
Professores Responsáveis: Barbara, Eric ,Larissa, Jerusa,Pedro,Dirce e Sueli
Lixo Eletrônico
11h 20 Movimentos Sociais- Com Seminário e Exposição
12h ás 13h Oficina de Artesanato/Reciclagem

Oficina II - Sala 2 - Ensino Fundamental Revitalização do Patrimônio-Conservação do Espaço

Professores Responsáveis: Francisco, Odilon, Gislene, Daniel, Lucimara,Denis,Dirce e Gerson.
Apresentação dos Projetos Realizados e Exposição de Murais.
Leitura da lenda da África: A moça que pegou a serpente
Roda de Conversa com Grêmio sobre o tema
Água: Processo e Purificação
Escultura e Boneco Reciclável
Biogeografia-Mural

Oficina III- Sala do Acessa  

11h00 Sala do Acessa- Vídeo: Pro Dia Nascer Feliz/Roda de conversa
12h00 Vídeo: Consumo Consciente


Nós professores somos, na verdade, contadores de história “Griots”. Contamos a história da humanidade para nossos alunos, só que a história que nós contamos, não é a história de um só povo. Temos a missão de contar a história de muitos povos, em tempos diferentes, e que também tiveram modos diferentes de viver”
                                                                      (Lopes 2001)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Compartilhando Leitura

A dança do arco-íris
Há muito e muito tempo, vivia sobre uma planície de nuvens uma tribo muito feliz. Como não havia solo para plantar, só um emaranhado de fios branquinhos e fofos como algodão-doce, as pessoas se alimentavam da carne de aves abatidas com flechas, que faziam amarrando em feixe uma porção dos fios que formavam o chão. De vez em quando, o chão dava umas sacudidelas, a planície inteira corcoveava e diminuía de tamanho, como se alguém abocanhasse parte dela.

Certa vez, tentando alvejar uma ave, um caçador errou a pontaria e a flecha se cravou no chão. Ao arrancá-la, ele viu que se abrira uma fenda, através da qual pôde ver que lá embaixo havia outro mundo.

Espantado, o caçador tampou o buraco e foi embora. Não contou sua descoberta a ninguém.

Na manhã seguinte, voltou ao local da passagem, trançou uma longa corda com os fios do chão e desceu até o outro mundo. Foi parar no meio de uma aldeia onde uma linda índia lhe deu as boas-vindas, tão surpresa em vê-lo descer do céu quanto ele de encontrar criatura tão bela e amável. Conversaram longo tempo e o caçador soube que a região onde ele vivia era conhecida por ela e seu povo como "o mundo das nuvens", formado pelas águas que evaporavam dos rios, lagos e oceanos da terra. As águas caíam de volta como uma cortina líquida, que eles chamavam de chuva. "Vai ver, é por isso que o chão lá de cima treme e encolhe", ele pensou. Ao fim da tarde, o caçador despediu-se da moça, agarrou-se à corda e subiu de volta para casa. Dali em diante, todos os dias ele escapava para encontrar-se com a jovem. Ela descreveu
para ele os animais ferozes que havia lá embaixo. Ele disse a ela que lá no alto as coisas materiais não tinham valor nenhum.

Um dia, a jovem deu ao caçador um cristal que havia achado perto de uma cachoeira. E pediu para visitar o mundo dele. O rapaz a ajudou a subir pela corda. Mal tinham chegado lá nas alturas, descobriram que haviam sido seguidos pelos parentes dela, curiosos para ver como se vivia tão perto do céu.

Foram todos recebidos com uma grande festa, que selou a amizade entre as duas nações. A partir de então, começou um grande sobe-e-desce entre céu e terra. A corda não resistiu a tanto trânsito e se partiu. Uma larga escada foi então construída e o movimento se tornou ainda mais intenso. O povo lá de baixo, indo a toda a hora divertir-se nas nuvens, deixou de lavrar a terra e de cuidar do gado. Os habitantes lá de cima pararam de caçar pássaros e começaram a se apegar às coisas que as pessoas de baixo lhes levavam de presente ou que eles mesmos desciam para buscar.

Vendo a desarmonia instalar-se entre sua gente, o caçador destruiu a escada e fechou a passagem entre os dois mundos. Aos poucos, as coisas foram voltando ao normal, tanto na terra como nas nuvens. Mas a jovem índia, que ficara lá em cima com seu amado, tinha saudade de sua família e de seu mundo Sem poder vê-los, começou a ficar cada vez mais triste. Aborrecido, o caçador fazia tudo para alegrá-la. Só não concordava em reabrir a comunicação entre os dois mundos: o sobe-e-desce recomeçaria e a sobrevivência de todos estaria ameaçada.

Certa tarde, o caçador brincava com o cristal que ganhara da mulher. As nuvens começaram a sacudir sob seus pés, sinal de que lá embaixo estava chovendo. De repente, um raio de sol passou pelo cristal e se abriu num maravilhoso arco-íris que ligava o céu e a terra. Trocando o cristal de uma mão para outra, o rapaz viu que o arco-íris mudava de lugar.

- Iuupii! - gritou ele. - Descobri a solução para meus problemas!

Daquele dia em diante, quando aparecia o sol depois da chuva, sua jovem mulher escorregava pelo arco-íris abaixo e ia matar a saudade de sua gente. Se alguém lá de baixo se metia a querer visitar o mundo das nuvens, o caçador mudava a posição do cristal e o arco-íris saltava para outro lado. Até hoje, ele só permite a subida de sua amada. Que sempre volta, feliz, para seus braços.
João Anzanello Carrascoza (novaescola@fvc.org.br)


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Histórias que Encantam!

O baú secreto da vovó
Quando eu era menina e sentia medo, no lugar de chorar, ficava com raiva. 
Na noite em que descobri o baú de minha avó, eu estava em Santos. Trovejava muito. Apavorada, comecei a gritar que odiava o mar. Foi quando minha avó me chamou e disse. 
- Minha neta, você sabia que eu tenho um baú cheio de segredos? 
- Como assim? Onde? 
- Lá no fundo da garagem. 
Pronto. Nada como a curiosidade para espantar o medo. Na garagem, vovó o abriu e retirou de dentro dele uma espécie de régua. 
- Você sabe o que é isso? 
- Uma régua esquisita - respondi. 
- Não, isso é uma palmatória. Quem errasse na escola levava uma batida na palma da mão. 
- Não acredito! E por que a senhora guardou este treco horrível? 
- Pra lembrar que a gente precisa ser mais forte do que as injustiças. Olhe... meu  dedal preferido. Foi com ele que eu costurei esta roupa - e ela me mostrou um vestidinho com uma espécie de short por baixo. 
- Você jogava tênis, vovó? 
- Não, isso é um maiô! 
- Você nadava de vestido? 
- Sim, e era considerada atrevida. Mas foi assim que conquistei seu avô. 
- Nadando de roupa? 
- Eu vinha de uma família pobre. Seu avô, não. Ele lia, gostava de dançar. 
- E de nadar também? 
- Sim, e por isso fiz este maiozinho. Corri até a praia de chapéu. Seu avô estava tomando sol. Fingi que tinha perdido o chapéu no mar. Ele, como era um cavalheiro, veio me ajudar. O chapéu foi parar no fundo. Então apostamos uma corrida para ver quem o apanhava. Ele gostou da minha ousadia. 
- Foi assim que vocês começaram a namorar? 
- E logo me casei. Guardei o dedal pra lembrar que a gente precisa tecer a felicidade, e o maiô, porque um pouco de coragem não faz mal a ninguém. Olhe esta caixinha de música. Seu avô me deu quando você nasceu. Não é linda? 

Vovó mostrou para mim outros objetos e assim fui descobrindo que se não fosse o mar, que eu temia, não haveria o encontro de meus avós e que viver é saber perder o medo de tudo o que a gente nunca espera e nunca vai conseguir controlar.

Heloisa Prieto  - (novaescola@fvc.org.br)

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